Dancin’ Days

O sucesso nos anos 70 na Globo, Brasil, chega a SIC, Portugal, a partir de 4 de junho de 2012. O texto tem adaptação de Pedro Lopes, da SP Televisão, com exibição no horário das 21h40.


Dancin’ Days na SIC (Portugal – Junho/2012)
1996. A história começa na noite de passagem de ano quando duas irmãs, Júlia e Raquel, à data com 18 e 24 anos, saem com um grupo de amigos para comemorar a entrada no novo ano. Júlia acaba por confidenciar que está grávida. Ao regressarem a casa de carro, Raquel atropela um homem. Numa reação de pânico, foge do local, contra a vontade de Júlia, que insiste que têm de voltar para prestar auxílio, mas Raquel recusa fazê-lo porque esteve a beber. Durante esta discussão surge a polícia e Júlia acaba por assumir que era ela quem conduzia o carro quando atropelaram o homem. Mas o que Júlia não esperava é que a vítima acabasse por morrer no hospital, o que transforma o caso em homicídio e fuga.
Poucos meses depois de ser presa, Júlia dá à luz uma rapariga, Mariana, que entrega à sua irmã para que esta a eduque até que saia da prisão, pedindo-lhe ainda que nunca conte à menina que a mãe está presa, mas sim que está em viagem pelo mundo. Nos primeiros meses, Raquel ainda visita a irmã todas as semanas, mas depois de casar com Zé Maria e depois de lhe ser diagnosticado um mioma no útero que a obriga a uma histerectomia vai-se afeiçoar a Mariana. A juntar a tudo isto, a própria vontade de Júlia em não querer que a filha cresça a vê-la na prisão, leva Raquel a desligar-se por completo de Júlia, abandonando-a à sua sorte.

Sucesso na Globo
A telenovela Dancyin Days, de Gilberto Braga, foi um sucesso no Brasil no final dos anos 70 e mais tarde também em Portugal. Agora é Pedro Lopes (também autor de Laços de Sangue) que lidera o desafio de adaptar a novela à atualidade.
A ação começa em 1996, na noite de passagem de ano, com um acidente que envolve as irmãs Júlia (Joana Santos) e Raquel (Soraia Chaves). Júlia, que está grávida, assume a culpa pelo acidente e acaba por ser condenada a 18 anos de prisão por homicídio qualificado. Alguns meses depois de estar presa, a jovem tem a filha, Mariana (Joana Ribeiro), na prisão. E é aqui que começam as diferenças no enredo.
Na versão brasileira, Sónia Braga, no papel de Júlia, entregou Mariana (Glória Pires) recém-nascida para adoção e só mais tarde foi adotada por Yolanda, Joana Fomm. No remake português, Júlia entrega a filha Mariana directamente para a irmã, cujo nome se altera para Raquel.
A nível físico existem de facto semelhanças entre os atores da época e os portugueses. E no desempenho as expectativas estão elevadas. “Substituir” Sónia Braga não é uma tarefa fácil mas Joana Santos já provou as suas capacidades ao interpretar Diana, em Laços de Sangue e está confiante face ao novo desafio. Entre o elenco há diversos nomes já conhecidos dos portugueses que provaram o seu valor e conquistaram os espetadores ao longo do seu percurso na ficção mas há também algumas estreias. Soraia Chaves, Joana Ribeiro e Sofia Cerveira são as grandes novidades.
Embora já tenha uma vasta experiência em cinema, é a primeira vez que Soraia Chaves protagoniza uma novela. Sofia Cerveira estreia-se como atriz e será Bárbara (Bábi) Andrade, que na versão brasileira se chamava Bibi Nascimento Leal e era interpretada por Mira Palheta. Mas as atenções estão centradas em Mariana, a adolescente rebelde, cuja personagem será interpretada por Joana Ribeiro, a vencedora do casting para o papel da protagonista. Papel originalmente interpretado por Glória Pires.
Em 34 anos muitas modas passam. O autor não se esqueceu disso e para no remake da novela poderemos notar algumas alterações. Nomes pouco comuns em Portugal, como o da protagonista Yolanda (interpretada por Joana Fomm na versão brasileira), foram alterados e Yolanda passa a chamar-se Raquel. Cacá (Antônio Fagundes na versão brasileira), passa a ser Duarte (Albano Jerónimo), Celina (Beatriz Segall) é agora Teresa (Cristina Homem de Mello) e Franklin (Cláudio Corrêa e Castro) é Francisco (Júlio César).
Os nomes de família também se alteram: os Pratini serão os Corte-Real, os Sousa Prado Cardoso são Sousa Prado de Oliveira e os Santos passam a Henriques.
Os Galvão serão quem acolhe Júlia, após sair da prisão e prometem momentos muito divertidos entre os membros da família!
Os Sousa Prado de Oliveira, com Francisco (Júlio César) como patriarca, prometem dar muito que falar, com vários segredos e relacionamentos perigosos. Nem as protagonistas vão escapar aos encantos dos irmãos Duarte (Albano Jerónimo)e Gui (Sisley Dias)!
O shopping vai ser o plano mais cómico da novela, onde todas as personagens têm algo de engraçado. Aqui a personagem privilegiada será Isabel (Sílvia Filipe), dona de um bar onde todos bebem café e por isso, sabe os segredos de toda a gente…
A telenovela foi um sucesso na sua primeira exibição, entre 1978 e 1979 e ganhou vários prémios, inclusive Glória Pires que venceu o prémio de Melhor Atriz Revelação pela sua interpretação de Marisa (a agora Mariana). A fasquia está elevada para a versão portuguesa e Dancing Days de Paulo Lopes já promete ser um sucesso.

Protagonistas
Júlia Matos (Joana Santos)

No início da história, Júlia tem 18 anos e é estudante universitária. De classe média baixa e órfã de mãe (que morreu no seu parto), está no primeiro ano da licenciatura de Ciências da Comunicação e acabou de descobrir que está grávida do seu namorado, um colega da faculdade. Apesar de inesperada, Júlia encara a gravidez com otimismo e mantém-se confiante num futuro feliz. No entanto, tudo muda quando, no final de uma noitada de copos, a sua irmã Raquel atropela um homem, fugindo de seguida. Para proteger a irmã que está alcoolizada e com a carta de condução apreendida, Júlia diz à polícia que era ela quem estava a conduzir. Esta atitude nobre sair-lhe-á muito cara, pois após um complicado processo penal, Júlia acaba acusada de homicídio e condenada a uma pesada pena de prisão. Já presa, Júlia dá à luz uma menina, Mariana, que entrega à irmã para que esta a eduque. Os anos seguintes serão muito duros: à experiência da prisão, soma-se o abandono do namorado, a morte do pai e, ainda, o desprezo da irmã que, depois de arranjar um marido rico e de se afeiçoar a Mariana, e a seu próprio pedido, deixa de a visitar.
No tempo presente, Júlia continua a ser uma mulher atraente, mas está psicologicamente muito afetada. Sente-se complexada por ter passado quase metade da sua vida na prisão e, embora exiba sempre uma imagem de força, no íntimo tem muito receio do mundo que a espera cá fora. O primeiro confronto com a irmã só agrava os seus receios, pois Raquel, através de um jogo de manipulação psicológica, fá-la crer que assumir a maternidade da filha seria um choque brutal para Mariana e convence-a a tentar endireitar a sua vida antes de qualquer aproximação. Júlia acede, convicta de que dará a volta por cima, mas rapidamente descobre que a sua reintegração na sociedade será mais difícil do que alguma vez imaginara e que terá de lidar com uma série de dificuldades.

Raquel Corte-Real (Soraia Chaves)

Irmã de Júlia, tem mais seis anos que ela. Devido às dificuldades económicas da família e também à sua pouca predisposição para estudar, abandonou os estudos antes de completar o 12º ano e empregou-se no comércio, tendo como principal objetivo encontrar um homem de posição que lhe dê algum conforto económico.
Marcada por uma dor profunda pela perda da mãe quando tinha apenas seis anos de idade e revoltada com a sua condição social, Raquel não deixa, porém, que essa amargura afete a maneira como se relaciona com os outros.
Durante algum tempo, Raquel visita Júlia na prisão e envia-lhe dinheiro e livros, mas depois de conhecer Zé Maria, o homem com quem vem a casar e que pertence a uma classe social superior, acaba por cortar o contacto com a irmã, não apenas por vergonha, mas também para aceder a um pedido de Júlia que não quer que a sua filha cresça naquele ambiente. No tempo atual, já com 42 anos, Raquel está sempre nas colunas sociais; é de uma vaidade sem igual e de uma elegância inquestionável.

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