Dr. Carlos Eduardo Guimarães*
Nunca a imprensa foi tão importante como atualmente. As noticias se espalham rapidamente, condicionando e influenciando a população, que na maioria das vezes se torna refém das informações.
Pela importância que a noticia tem na condução das atividades sociais, torna-se precioso que estas notícias se façam valer pela veracidade impressa no profissionalismo. Infelizmente, as notícias são passadas à população sem censura crítica.
Neste momento em que a guerra se torna “vedete” das páginas informativas, junto carregam a responsabilidade do aditivo correto. Vemos que neste instante, acontecem especulações de todas as ordens: econômica, bélica, religiosa, política e epidemiológica… epidemiológica? O tal pó branco que anda sendo terrorista disfarçado em bactéria, espalha pânico nos quatro cantos.
Talvez, tenhamos que estudar biologia a fundo para entender que vírus de computador não é vírus biológico, e que por sua microestrutura (invisível a olho nu), pode se esconder em qualquer lugar, inclusive na garrafa de Coca-Cola.
Se pudéssemos entrevistar o bacilo do antraz, possivelmente ele traria a verdade estampada em seus esporos (forma incubada de infecção). Perguntaríamos ao microrganismo detentor e responsável pelo “carbúnculo hemático” por que se ele que não é tão potente, foi escolhido, já que é facilmente derrubado pelos antibióticos, necessita de uma verdadeira multidão de esporos para infectar, e de lesão prévia na pele para entrar no organismo. Para cumprir a tarefa da letalidade existem outros muito mais eficazes.
Porque tanta celeuma a respeito de um microrganismo que para provocar a morte tem que ser inalado e se tornar crônico, já que sua forma comum de atuação é a infecção da pele? Não gostaríamos que outros micro-organismos, principalmente aqueles que em um passado recente dizimaram a Europa e a Ásia como; a peste bubônica, varíola, vibrião, estafilococus , fossem os protagonistas desta estória.
O que não entendemos é que estão vendendo gato por lebre. O arsenal bacteriológico, desumano, cruel e anti-ecológico, elaborada por uma ciência anti-ética capaz de clonar e modificar estruturas gênicas, poderia ser trocado pelos experimentos capazes de proteger a vida dos seres humanos, habitantes deste planeta.
O maior mal que esta estória do pó branco está causando, é o medo e a insegurança, causado por uma mídia ainda longe de estar especializada a cumprir a missão de informar. Por isto acredito que o terror psicológico tem sido o grande vilão desta confusão político-religiosa. Qualquer cientista esclarecido (bacteriologista ou epidemiologista como queiram) seria capaz de acalmar os afoitos informantes, que deveriam ser especializados em informações biológicas.
Esta guerra consegue fazer com que os EUA entrem a beira de um pânico. Em contrapartida o país que agora sofre, vendia pela Internet cepas de vírus e bactérias que foram patenteadas com registros de patógenos, que poderiam ser comprados por preços promocionais! Triste destino… Não seria os terroristas os compradores de bactérias dos EUA?
Bem, tomara que esta estória venha ter final feliz, mas não esqueçam dos aproveitadores do terror sarcástico, que irão mandar através de caixas e envelopes, talco perfumado ou qualquer farinha, que cause pânico ou desconfiança, crescendo assim o poder terrorista que tira a paz de qualquer nação.
E assim vamos sendo mal informados, por jornalistas, repórteres, produtores tele-invasivos que cooperam, sem desconfiar, com a disseminação do pessimismo.
Até a próxima.
*Carlos Eduardo Guimarães é Médico, com especialização em Acupuntura e Clínica Médica e pós-graduação (latu sensu) em Fitoterapia. Autor do livro "Nutrição Ayurvédica - Do Tradicional ao Contemporâneo". Colunista do jornal Acontece (Caeté-MG), de 1997 a 2017, quando o jornal deixou de cirular impresso.