Dr. Carlos Eduardo Guimarães

Quem tem medo da reposição hormonal?

Dr. Carlos Eduardo Guimarães*

Um dos temas médicos mais polêmicos deste início de século, trata da reposição hormonal. Quando acontece a diminuição dos hormônios sexuais femininos, uma série de alterações ocorrem no organismo, que vai desde alterações do humor até os conhecidos “fogachos”. Por muitos anos a reposição hormonal foi eletiva. Hoje, já não podemos ter tanta certeza das benesses deste tratamento.
Uma denúncia, desta vez feito por ingleses, acusa a terapia de reposição hormonal de aumentar as chances do aparecimento de câncer de mama. Depois de analisar quatro estudos que envolviam mais de 20 mil mulheres, os pesquisadores do Instituto Britânico de Pesquisa do Câncer, em Oxford, Inglaterra, observaram que entre aquelas que usaram reposição hormonal por mais de 5 anos, o risco de desenvolver um tumor é maior. Segundo os cientistas, todos os trabalhos analisados apontavam para tal conclusão. Estas conclusões deixam as pacientes muito confusas, temerosas e inseguras.
O quê fazer? A reposição hormonal natural pode ser uma boa opção. O óleo de prímula, a isoflavona e a cimicifuga racemosa são algumas opções a serem consideradas. Nunca esquecer que a variação hormonal reduz os depósitos de cálcio nos ossos, podendo levar à osteoporose, devendo desta forma estabelecer uma dieta que contenha cálcio e fosfatos em sua elaboração. A acupuntura e a homeopatia também poderão ser opções terapêuticas, quando aliada a estes procedimentos citados são muito eficazes.
Todo velho adora um “brotinho”….
Imagine se existisse um alimento que você pudesse comer à vontade, riquíssimo em vitaminas, minerais e enzimas nutritivas, que fosse muito saboroso e rejuvenescedor.
Acredite, isso não é fantasia. Os brotos de trigo, lentilha, arroz integral, grão-de-bico, gergelim, linhaça, girassol, feno-grego, nabo, repolho, brócolis e rabanete estão ganhando espaço na mesa de muita gente por conta de todas essas qualidades e pelo sabor suave.
Desde 1989, estudos do Human Nutrition Information Service, órgão vinculado ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, mostram que nos brotos de trigo a quantidade de vitamina C aumenta 600% e a de vitamina E triplica nos quatro primeiros dias do crescimento. A soja, por exemplo, após 48 horas de germinação tem sua quantidade de caroteno duplicada. O mesmo acontece com a riboflavina em 54 horas. Essas duas substâncias ajudam a evitar os efeitos desagradáveis da menopausa e a combater o câncer.
Ao comer os brotos, ingerimos a energia vital da planta, pois eles são o ponto mais alto de vitalidade do ciclo dos vegetais. Quem incluiu os brotos na dieta garante que essas plantinhas podem facilitar grandes transformações, pois elas contém a força do crescimento. Vale lembrar que, por exemplo, num punhado de brotos de rabanete, provenientes de centenas de sementes, representa o equivalente a 100 pés da hortaliça crescida, que você pode comer em uma única refeição. Justamente por isso, consumir brotos vem sendo considerado pelos nutricionistas uma prática ecológica: É econômico, o transporte é mínimo e não se joga quase nada fora durante o processo.
Até a próxima.

*Carlos Eduardo Guimarães é Médico, com especialização em Acupuntura e Clínica Médica e pós-graduação (latu sensu) em Fitoterapia. Autor do livro "Nutrição Ayurvédica - Do Tradicional ao Contemporâneo". Colunista do jornal Acontece (Caeté-MG), de 1997 a 2017, quando o jornal deixou de cirular impresso.