Transposição e cobiça por água

Menos de 1% de toda água do Planeta está disponível para o consumo. Diante desse cenário de escassez, o Brasil se destaca. No Território Nacional, concentram-se grande parte das reservas de água doce do mundo, o que desperta a cobiça dos estrangeiros.

” É o mais estratégico dos recursos. Quem souber explorá-lo estará economicamente feito, atesta Evan Vachlos, engenheiro da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, onde um litro de água já vale o mesmo que um litro de gasolina.

O mundo está atento, de olho no país que esbanja seus Recursos Naturais. Nesse aspecto também pesa a atual crise brasileira, determinada pela Escassez Hídrica nos reservatórios hidrelétricos no Sudeste brasileiro. Tanto que o comportamento do período chuvoso, que começa agora em outubro, tornou-se e relevância vital para os gestores dos Recursos Hídricos. Em Minas Gerais esta atribuição é do Instituto Mineiro de Gestão das Águas.

A imprensa vem noticiando que a Transposição do Rio São Francisco para regiões semi-áridas do Nordeste Brasileiro (Sertões Nordestinos) só ocorrerá mesmo em função da demanda de água para beber. Isto é urgente, imprescindível e indiscutível, até porquê em algumas metrópoles regionais do nordeste, como por exemplo, Recife, banhada por dois rios – Capiberibe e Beberibe -, a sua população está sofrendo com falta de água potável para seu consumo.

Os nordestinos, notadamente os sertanejos, conclamam junto aos poderes públicos constituídos, (Federal, Estadual e Municipal), providências no sentido de equacionar este questionável problema, não somente no tocante a água de beber e excepcionalmente a água para o seu desenvolvimento auto – sustentável, evitando assim, desta forma, o êxodo rural, fixando o homem sertanejo no meio rural, e obviamente, minimizando, o efeito maléfico (sócio-econômico) que o êxodo rural provoca nos grandes centros urbanos brasileiros, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo, causando verdadeiros inchamentos urbanos, misérias, marginalidade e consequentemente violência, gerando um quadro melancólico.

A má administração de nossos Recursos Naturais pode representar um aumento da vulnerabilidade do Brasil diante do mercado externo, acredita Fábio Fedmam, relator da Política Nacional de Recursos Hídricos aprovada em 1997.

Redação

Brasileiro, 73 anos, jornalista, especialista em administração, estudante de TI (Universidade Cidade de São Paulo)