Fóruns e debates têm sido promovidos sobre o tema e a lamentável crise da água tem posto as atuais práticas desse uso em alerta. Percebe-se que os níveis presentes de consumo não devem ser apenas revistos, mas postos diante de perspectivas de demandas futuras para todos os setores sociais, identificando desperdícios e abolindo as principais fontes poluidoras.
Uma vez que recurso finito água parece carregar todos os karmas do coquetel meio ambiente e considerando o fato de que este recurso, inevitavelmente, será legado às futuras gerações, as bacias hidrográficas são vistas como unidades de extrema importância no que diz respeito à conservação dos recursos naturais.
Assim, essas unidades de administração restritas à sua extensão (algumas bacias podem abranger dois ou mais Estados e ser objeto de discussões diversas), se comparadas àquelas impostas por Portugal durante o período colonial, na época denominadas Capitanias Hereditárias, poderiam ser entendidas como Bacias Hereditárias, impostas pela pressão da demanda social sobre o próprio ambiente.
O Brasil está determinante pela melhoria de seus recursos hídricos.
A conscientização e a vontade política têm instituído Leis como a 9.433/97 sobre a abrangente política nacional dos recursos hídricos e a 9.984/00, que dispõe da criação da Agência Nacional de Águas cuja missão será implantar tal política e coordenar o sistema nacional de gerenciamento dos recursos hídricos, maratona essa que buscara salvar e preservar as bacias hidrográficas de todo o território nacional.
Abre-se uma frente de trabalho, oportuna e com o intuito de envolver vários setores sociais, deste em nível federal, estadual e municipal, local que terão a missão de determinar “o valor justo do precioso liquido.”
Objetiva-se “agir localmente e pensar globalmente”, atendendo as premissas da Agenda 21, documento resultado da Rio 92, conferência Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Para que essas Bacias hereditárias sejam plenamente herdadas, muitos feudos ideológicos terão que ser desfeitos, os laços de fidelidade em torno da defesa da terra e da água deverão imperar de maneira democrática, determinante e responsável, para manter e proteger esses reinos geográficos fundamentais para o desenvolvimento da vida na Terra.
- Redação
- 26/02/2017
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