Estamos vivendo uma fase de profundas mudanças tecnológicas, culturais e, consequentemente, sociais e para administrarmos essas mudanças precisamos estar atentos, observando como reagimos a tudo isso.
A tensão que vem do espírito capitalista, no qual vivemos, faz com que as pessoas se joguem inconscientemente no turbilhão do dia-a-dia, de maneira ansiosa e impensada. Acordam, trabalham, se alimentam, pagam contas, dormem e no outro dia fazem tudo novamente. Tornam-se desta maneira reféns da rotina, deixando de serem sujeitos de sua própria existência. Passam a não definir seus horários, prioridades, desejos.
Somado a isso vêm os desafios impostos pela vida, tais como o desemprego, o aluguel, um familiar doente, um casamento que não vai bem, enfim, algum tipo de crise na área financeira, da saúde, do trabalho, familiar. Surge então a demanda do que denominei “válvula de escape”, que tem o papel de equilibrar as energias para que o indivíduo se sinta inteiro, capaz de lidar melhor com os desafios. Se não houver a válvula de escape enquanto catalizadora e repositora de energia, surge a doença e o organismo implode o que ele poderia estar sublimando de maneira saudável.
Alguns exemplos de válvula de escape positiva são práticas de esporte, lazer, momentos de descontração com os amigos e familiares, leituras, filmes, atividades culturais, o voluntariado, atividades sociais e políticas que sejam construtivas, dança, yôga, reiki, terapias, amar e ser amado, contato com animais, com a natureza, ida a sítios, fazendas, pintura, arte, entre tantas outras.
Na ausência de algo que faça esse papel positivo, surgem as válvulas de escape negativas como o abuso de bebidas alcoólicas, uso de drogas, os mais diversos vícios como, por exemplo, o jogo, o aparecimento das doenças tanto do corpo quanto da mente.
Outra válvula de escape negativa nada incomum é surgir nos relacionamentos interpessoais a agressão ao mais próximo. Há pessoas que chegam em casa vindas do trabalho chateadas, irritadas com algum acontecimento e descontam em seus conjugues (cônjuges), ou filhos, ou empregados, ou amigos. Para que isso não aconteça, é necessário que cada um se analise, se observe, preste atenção em seus sentimentos e reações. A maior parte das pessoas que agem assim não percebem. E por falta de análise, observação.
Geralmente o corpo avisa quando está havendo uma sobrecarga de trabalho ou quando há algum tipo de insatisfação crônica, que está chegando no seu limiar. Ele envia sinais como algumas dores (que a pessoa conclui “não ser nada”), ou muito cansaço, choro sem causa aparente, mau humor, excesso ou falta de apetite, entre outros. Mas as pessoas não escutam o que o corpo fala porque não têm paciência ou não querem se observar. Mas não há outra maneira de construir uma boa qualidade de vida.
Além de necessária a válvula de escape é agradável, fonte de prazer. O prazer não é supérfluo. É combustível para o equilíbrio na vida. Por isso tem também que ser bem dosado, mas não pode deixar de existir. Observe sua vida, seus desejos, suas necessidades.
Para cada pessoa existe um tipo de válvula de escape, porque somos singulares, únicos. Mas o fato é que quem não possui isso que chamei de válvula de escape positiva acaba inconscientemente se destruindo. Enquanto que com observação, auto-análise e atitudes em relação a essas observações, a vida se fica muito mais interessante e prazerosa!
Sugestão:
Com auto-análise e observação atenta às nossas atitudes, aliadas a uma mudança positiva de hábitos, a vida fica muito mais interessante e prazerosa!
- Redação
- 18/02/2017
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