O Homem morre pela boca

Uma noticia assustadora: Os americanos estão ficando doentes. Os americanos não são os torcedores do América, não. Estes são doentes por natureza….
Os americanos aos quais me refiro são aqueles que nasceram nos Estados Unidos e adquiriram, entre vários hábitos prejudiciais à saúde, a cultura do “fast food” (refeição rápida), que por necessidade capitalista se abastecem de batatas fritas e hamburgueres, ao invés de uma alimentação saudável. Ovos com bacon, frituras em excesso e muita massa, constituem um caminho para a obesidade..
A estatística denunciou através dos números exorbitantes e fez com que o ministério da saúde de lá ficasse preocupado, devido ao número de doenças que acompanham os obesos, causando um grande prejuízo para a economia americana. E lá, falou que é perder money, vira preocupação nacional!
A alimentação dos americanos é completamente equivocada, desequilibrada, rica em calorias e pobre em fibras, sem contar com a adversidade do sedentarismo imposto pelos controle remotos e veículos que transportam as pessoas até mesmo dentro de casa. Ninguém lá sobe um degrau de escada. A consequência disto é a obesidade. De uma forma impregnada de propagandas e reclames, estão fazendo que os brasileiros entrem nessa onda, acompanhando a apelação comercial dos “Mac Donnalds” da vida, que existem em qualquer lugar do Brasil.
Até acho que um sanduíche com refrigerante de vez em quando cai bem, mas virar prato oficial é um tanto quanto preocupante. Lá, o governo está se preparando para atacar estes produtos alimentícios de forma avassaladora. Da mesma maneira que o uso do cigarro está sendo bombardeado pela mídia, assim será feito com os produtos alimentícios ricos em calorias. Sabemos que a obesidade é uma doença que carrega de carona o diabetes, hipertensão, doenças do coração, artroses e alterações renais graves. Estão preparando impostos pesados para as empresas que vendem alimentos ricos em calorias, com intuito de financiar a quantidade de aposentados e inválidos ocasionados pela ação da obesidade.
Ora, a melhor forma de prevenção é começar campanhas educativas nas escolas, e instituições de jovens, alertando para a necessidade de uma alimentação sadia. Ensinar que álcool é prejudicial e que além de engordar prejudica a mente. Geralmente os erros alimentares implantados começam pelos pais, que comem carnes gordas com uma boca de dar inveja a qualquer bocó. Os familiares deveriam começar dentro de casa a fazer com que a alimentação seja um prazer compartilhado com o bom senso. Comer até ficar empanturrado, é uma estupidez e falta de controle.
Dentro de 10 anos, se os Estados Unidos não tiverem tomado alguma ação contundente, não precisará do Bin Laden nem dos terroristas árabes fazer algo para acabar com a população… Os alimentos ricos em calorias estão agindo lentamente como as bombas e mísseis que os americanos despejaram sem dó, sobre grandes cidades.
O controle do apetite é uma questão de hábito. Habituamos com tudo e da mesma forma podemos criar outros sistemas de hábitos. Comer demais é antes de tudo uma questão de descontrole e revela ao mesmo tempo problemas emocionais da pessoa.
Para que possamos nos enquadrar dentro dos padrões da normalidade e necessidade alimentar, é preciso que nos conscientizemos da alteração dos tipos de alimentos assim como a qualidade dos mesmos. Além disto, colocar o corpo em forma é uma questão fundamental.
Como conseguir mudar os hábitos?
Espelho, espelho meu… existe alguém mais barrigudo do que eu? Olhe para você e crie um compromisso da necessidade de mudar suas atitudes. Depois corra atrás… Busque ajuda com médicos, psicólogos, professores de ginástica. Busque um grupo de amigos que comportem como você procura. Depois de um tempo, seu corpo te agradecerá por estar mais leve, esbelto e com muitos anos de saúde para gastar.
Até a próxima.

Dr Carlos Eduardo Guimarães

Carlos Eduardo Guimarães é Médico, com especialização em Acupuntura e Clínica Médica e pós-graduação (latu sensu) em Fitoterapia. Autor do livro "Nutrição Ayurvédica - Do Tradicional ao Contemporâneo". Colunista do jornal Acontece (Caeté-MG), desde 1997.