Como criar resistência orgânica

Durante o decorrer da existência, lutamos consciente e inconscientemente para a manutenção da vida. A partir do momento do nascimento, aprendemos a nos defender da morte. O medo e o stress são formas de defesa do organismo. Na realidade não existe medo de viajar de avião, nem de escuridão nem mesmo de assombrações… o que existe é o medo da morrer.
E para que possamos sobreviver aos mais variados tipos de agressão, possuímos mecanismos que garantem os sistemas vitais. Um deles evita que as doenças aconteçam, através do combate às invasões bacterianas, pela ação dos anticorpos. Todos mecanismos responsáveis pela integridade estão diretamente ligados ao sistema nervoso, que comanda todo o processo de defesa contra as invasões dos vírus e bactérias. A existência de um verdadeiro exército de micro-soldados (leucócitos) que, ativados pelo sistema neuro-endócrino, mantém o território corporal sem invasões e ainda preservam o organismo contra o aparecimento de tumores e outras doenças. Silenciosamente, as células brancas do sangue e algumas proteínas (sem nosso consentimento), trabalham de uma forma organizada e compacta para que não aconteçam desequilíbrios e haja saúde.
Isto vem provar que existe um sistema inteligente e especializado, que trabalha sem que tenhamos consciência. Ninguém é capaz de ver ou perceber as bactérias existentes no ar ou nos alimentos, devido ao tamanho microscópico destes micro-organismos. Quando entra uma bactéria no interior do organismo humano, ocorre um reconhecimento dos tipos de proteínas e aminoácidos existentes na membrana da bactéria. Logo após este reconhecimento, são enviados anticorpos especializados capazes de destruir estes invasores. Quando o nosso organismo se encontra intoxicado de alimentos ou substâncias nocivas (poluições) que alteram o funcionamento do metabolismo, ocorre uma grande desorganização do sistema de defesa, podendo enfraquecer e abrir “brechas” para as bactérias oportunistas assentarem suas colônias. Estas bactérias irão se alimentar de subprodutos produzidos pelas células como; o muco e algumas proteínas. Desta forma ocorre o aparecimento das pneumonias, bronquites, cistites, etc…
Outra forma de desorganizarmos nossas defesas ocorre através das alterações emocionais, principalmente pelo aparecimento da melancolia e da depressão. Comprovadamente a depressão é o caminho mais próximo entre o desequilíbrio e os processos degenerativos. Vitiligo, artrite, tumores, entre outras, são devidas à desarmonia emocional desarticulando do sistema imunológico, que passa a não reconhecer os corpos estranhos, atacando o próprio corpo, causando lesões na pele, articulações e principalmente um tecido chamado colágeno.
Para evitarmos que este sistema de preservação fique enfraquecido, existem algumas medidas e cuidados que estimulam a produção de células de defesa. Aqui vão algumas dicas, mas não se esqueça: Já que não temos como ficar livre dele, SABER CONTROLAR O STRESS É FUNDAMENTAL!
Vitamina C – Aumenta a síntese de interferon, sendo a mais importante do sistema imunológico. Fontes: goiaba, acerola, laranja, tomate, caju.
Zinco – Responsável pela organização do sistema. Comanda células que “comem” as bactérias, aquela que fabricam anticorpos e também aquelas destruidoras de células tumorais primitivas. Fontes: espinafre, brócolis, cereais integrais.
Glucana – Forma de açúcar polimerizado que estimula a produção dos anticorpos. Fontes: shiitake e maitake (cogumelos comestíveis), Equinácea e unha de gato – plantas medicinais.
Ferro – Tem a função de estimular a fabricação de radicais livres nas células fagocitárias (células que tem a função de destruir e engolir as bactérias, fungos, vírus etc) estes radicais livres rompem as defesas dos invasores. Fontes: verduras refogadas, cereais integrais, mel, soja.
Ah, já ia me esquecendo, aliado a tudo isto vai outra dica: DORMIR BEM É FUNDAMENTAL!
Saúde para todos e até a próxima!

Dr Carlos Eduardo Guimarães

Carlos Eduardo Guimarães é Médico, com especialização em Acupuntura e Clínica Médica e pós-graduação (latu sensu) em Fitoterapia. Autor do livro "Nutrição Ayurvédica - Do Tradicional ao Contemporâneo". Colunista do jornal Acontece (Caeté-MG), desde 1997.