Todos nós sabemos dos poderes extraordinários do mel de abelhas. Usado de diversas formas, o mel foi utilizado como conservante nos primórdios da nossa história. Dizem os livros antigos que Cleópatra fazia semanalmente aplicação de mel em todo o corpo para evitar o envelhecimento.
No Egito, os faraós que morriam, ficavam em tanques de mel para evitar a degeneração e apodrecimento. Há registros sobre o uso do mel pelos Sumérios, na Mesopotâmia (2.300 anos a.C), na condição de remédio. De lá para cá, o mel e seus subprodutos como a geleia real e o própolis se faz presente na culinária, na indústria farmacêutica e cosmética.
Produzido com néctar das flores, coletado e transformado pelas abelhas através da evaporação da água e da adição de enzimas, o mel é composto de água, açúcares (sacarose, frutose, glicose e maltose), ácidos orgânicos, minerais e aminoácidos. Possui poucas vitaminas e quase nenhuma proteína ou gordura e suas características variam de acordo com a flor de que é extraído e o néctar utilizado em sua produção. Além dos açúcares, conta com alguns “aditivos” do sistema digestivo da abelha. Estas substâncias servem como um conservante, garantindo que o mel permaneça nutritivo por muito tempo.
Na medicina natural, o mel é conhecido como ampliador dos efeitos das plantas medicinais, porque aumenta os efeitos terapêuticos dos princípios ativos que são veiculados com ele. O sabor doce e adstringente e a energia quente do mel o tornam um veículo adequado para levar os princípios ativos dos medicamentos aos tecidos corporais de forma profunda, permitindo a penetração nas células. Aliado no combate a distúrbios do aparelho respiratório, como rouquidão, tosse e catarro, o mel é usado na medicina natural para diminuir catarros e mucos e também reduzir a gordura corporal e a retenção de líquidos (inchaços), quando usado em pequena quantidade.
Suas propriedades medicinais variam conforme o tipo de mel. O de laranjeira funciona como calmante, além de exercer leve ação laxante; o de flores silvestres confere energia, sendo um dos melhores para se fazer máscaras caseiras porque beneficia a pele, e o de eucalipto favorece as vias respiratórias, desobstruindo-as. O mel ajuda a tratar a constipação intestinal, bronquite, asma, resfriado, náusea, sede excessiva, hemorragia e dor de garganta. Tipos crus e aquecidos de mel são úteis para tratar úlceras de estômago, úlceras bucais, pressão alta e podem ser aplicados diretamente a queimaduras. É bom para adoçar e harmonizar a maioria das fórmulas medicinais e serve como um antídoto para a maioria dos venenos naturais. Outras secreções de abelha, como própolis e geléia real, têm propriedades tônicas enérgicas, a última em alto grau. O mel também promove inteligência, força e determinação.
A aplicação em cosmetologia é extensa devido aos diversos recursos. Eis algumas máscaras de mel que podem ser feitas em casa e que são excelentes para manter a pele saudável.
Receitas para beleza:
Para pele seca
Ingredientes:
1 colher de chá de mel;
1 gema de ovo;
1 colher de sopa de leite em pó.
Misture, aplique no rosto e enxágüe 20 minutos depois.
Para pele oleosa
Ingredientes:
1/2 colher de chá de mel;
1 colher de sobremesa de suco de limão.
Misture tudo e aplique uma camada fina.
Deixe agir cerca de 20 minutos e depois enxágüe.
Se você anda “azedo”, use o mel para tirar o amargo da boca e para adoçar o humor. O mel em pequenas dosagens é calmante e induz ao sono, assim como vovó falava…
Até a próxima.