Homossexualismo é doença?

Uma leitora (M.M.G.) escreveu uma carta emocionada. Conta ela, que há muito tempo vem desconfiando dos hábitos “um tanto” exóticos do seu filho caçula, quando inesperadamente foi testemunha ocular e flagrando seu filho beijando um rapaz do seu grupo de amigos.
Após uma conversa “séria” com o rapaz, este se declarou ser homossexual e que se sentia bem sexualmente, tendo feito esta opção para sua vida. Até então este fato está sendo ocultado pela mãe, devido o pai ser “ignorante” e ter reações imprevisíveis: “Acho que quando meu marido souber vai expulsar o menino de casa …. E então doutor, o que fazer diante desta doença?”
Em primeiro lugar, homossexualismo não é uma doença. Em segundo, acredito que está completamente fora do contexto, a discriminação aos homossexuais. Cada um tem o direito de escolher a forma de exercer a sua vida, desde que não interfira na vida dos outros. Apesar de não ser considerada doença, existem estudos evidenciando que existem alterações anatômicas neurológicas em animais e seres humanos homossexuais.
Cientistas da Universidade do Oregon, EUA, descobriram que carneiros que só copulam com outros machos (homossexuais) têm uma estrutura cerebral diferente da de animais heterossexuais. A chamada área preóptica do hipotálamo (região do cérebro) é menor nos animais homossexuais, algo também observado em homens homossexuais que morreram de Aids e foram submetidos ao exame. Segundo o grupo, o achado pode ajudar a entender as preferências sexuais de seres humanos.
Outra hipótese é de origem comportamental, já que todos os seres humanos passam por uma fase na infância, onde existe uma preferência homossexual. Os meninos em uma fase, não gostam da presença das meninas e vice-versa, onde se criou a expressão “clube do bolinha”. Saindo desta fase, o amadurecimento emocional juntamente com a produção dos hormônios sexuais, acorda a criança para a observação do sexo oposto. Esta fase poderá ser influente no comportamento do adulto.
A sensibilidade feminina é sem dúvida mais sutil que a do masculino, e este fato poderá atrair alguns seres masculinos a adotar a sutileza de Afrodite. Questão de aptidão. O amor não tem sexo, e as regras quem faz , é o momento emocional da relação.
Outro empecilho à compreensão, se deve aos programas de televisão com seus programas que incluem personagens homossexuais (tipo “Pit Bicha” e outros), são altamente pré-conceituosos e jocosos, criando em torno do homossexual uma imagem caricata. É preciso entender que o respeito às opções sexuais devem ser marca da sociedade cooperativa. A sociedade que discrimina e julga, mostra que ainda não se livrou da santa inquisição e precisa urgentemente rever os conceitos.
Parabéns ao Leo Clube de Caeté
A iniciativa do Leo Clube de Caeté na promoção do Lero-Leo, foi marca da seriedade com que estes jovens vêem a vida. Tive a honra de ser entrevistado pelos jovens, onde pude observar a maturidade e a visão crítica a respeito de temas sociais como saúde e métodos de cura contemporâneos.
Ao meu Amigo (Leão) Ricardo que coordena o grupo em comum acordo com os jovens, meus sinceros parabéns, e que esta facção da juventude continue engrandecendo a cidade com movimentos dignos e construtivos.
Olha o Acontece aí gente…..
Parabéns à toda equipe do Acontece, pela preferência do jornal junto a população de Caeté, evidenciada pela pesquisa realizada pela Aciac, quando o Acontece obteve o 1º lugar no segmento de Imprensa.
Até a próxima.

Dr Carlos Eduardo Guimarães

Carlos Eduardo Guimarães é Médico, com especialização em Acupuntura e Clínica Médica e pós-graduação (latu sensu) em Fitoterapia. Autor do livro "Nutrição Ayurvédica - Do Tradicional ao Contemporâneo". Colunista do jornal Acontece (Caeté-MG), desde 1997.