Alzheimer, a doença do século

O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, e como não poderia deixar de ser, no Brasil estamos assistindo esse fato cada vez com maior impacto. As conseqüências da longevidade entram nas estatísticas do aumento dramático das doenças degenerativas cerebrais, que na maioria das vezes, tira o indivíduo da convivência familiar e social.
Uma delas é a doença de Alzheimer (pronuncia-se AU-ZAI-MER) que é resultante da atrofia cerebral progressiva, causando: Diminuição da memória, dificuldade no raciocínio, pensamento e alterações comportamentais. Muitas pessoas com esse mal são taxadas pela população de caducas ou esclerosadas, mas na verdade são portadoras da doença de Alzheimer. Ela pode se manifestar a partir dos 40 anos de idade, sendo que a partir dos 60 sua incidência se intensifica.
Os sintomas mais comuns são: perda gradual da memória, declínio no desempenho para tarefas cotidianas, diminuição do senso crítico, perda da noção do tempo (datas, horários etc…) e local onde se encontram, mudança na personalidade, dificuldade no aprendizado e dificuldades na área da comunicação. O grau de comprometimento varia de paciente para paciente e também de acordo com o tempo de evolução da doença. Na fase final o paciente torna-se totalmente dependente de cuidados, sendo uma doença que onera econômica e socialmente.
Apesar de várias pesquisas, o único fator de risco bem conhecido e aceito universalmente é a idade. Se aceita que a doença de Alzheimer seja uma doença que advém com a progressão da idade do indivíduo, ou seja, à medida que a idade avança maior é a probabilidade de sua ocorrência.
Aos olhos da ciência, parece claro que a doença de Alzheimer não tem uma única causa, sendo provavelmente devida a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Estamos começando a entender alguns desses fatores a partir dos resultados de inúmeros estudos dedicados a definir a causa e os fatores de risco para a doença.
Alguns estudos demonstraram que, enquanto a incidência aos 80 anos é de aproximadamente 20%, aos 85 anos é de 40%, ou seja, o dobro em 5 anos. A idade continua sendo o único fator de risco inquestionável e, se a demência tem início antes dos 75 anos, os fatores mais prováveis são: história familiar. O nível de educação parece ser uma proteção para a doença de Alzheimer – quanto maior o número de anos de estudo formal menor seria o risco. Essa possibilidade deve ser analisada com reserva a partir da constatação de que pessoas com mais escolaridade usam com maior propriedade o pensamento e com maior facilidade que analfabetos com baixo nível de escolaridade.
Traços de alumínio encontrados no cérebro de pacientes com Alzheimer tem levado vários pesquisadores suspeitarem de que esse metal estivesse implicado na etiologia da doença. A partir dessa constatação, os cientistas têm buscado a elucidação desta provável causa, mas ainda não conseguiram uma comprovação científica sólida.
Outros possíveis fatores de risco têm sido estudados, porém com pouco resultado prático como: exposição ou ingestão de substâncias tóxicas como: Ingestão de bebidas alcoólicas, chumbo, e solventes orgânicos, medicamentos diversos, trauma craniano, exposição à radiação, estilo de vida, estresse, infecções, doenças imunológicas e câncer. Altos níveis de colesterol e de homocisteína (relacionada com o ?stress oxidativo?), a obesidade e diabetes também estão sendo estudados.
Do ponto de vista científico, pode-se afirmar que a incidência da doença de Alzheimer aumenta exponencialmente com a idade e que existem fortes indícios de que as formas precoces se relacionam com uma maior incidência familiar. Nos EUA, 70 a 80% dos pacientes são tratados em seus domicílios, demonstrando com clareza a importância da orientação para a família nas questões relativas aos cuidados e gerenciamento desses pacientes. O restante dos doentes está sob os cuidados de clínicas especializadas.
O que nos chama a atenção é que quanto maior o envolvimento das pessoas com a intelectualidade e quanto maior for a manutenção de hábitos saudáveis (principalmente os exercícios físicos) certamente estas atitudes estarão contribuindo para redução do aparecimento de doenças degenerativas.
A medicina chinesa apresenta vários recursos para prevenção da doença, principalmente para aqueles com história familiar. Uma delas é a utilização correta dos alimentos que nutrem a ESSÊNCIA e impede a ocorrência do desgaste cerebral.
Até a próxima.