Dr Carlos Eduardo Guimarães

Carlos Eduardo Guimarães é Médico, com especialização em Acupuntura e Clínica Médica e pós-graduação (latu sensu) em Fitoterapia. Autor do livro "Nutrição Ayurvédica - Do Tradicional ao Contemporâneo". Colunista do jornal Acontece (Caeté-MG), desde 1997.

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A bosta do cavalo do ladrão

Nossa comunidade tem como princípio coordenar as ações sociais através de regulamentos e princípios éticos e filosóficos. Isto se torna claramente construtivo, devido a cooperação social.
A palavra sociedade etmologicamente quer dizer “dividir com alguém”. Seria muito bom se as pessoas tivessem um critério onde o respeito à individualidade fosse uma constante. Realmente, a incompetência faz que comportamentos diferentes do modelo convencional ou mesmo atitudes de cunho pessoal, sejam rotulados com adjetivos chulos.
Quase sempre o objetivo de “falar mal”, faz algumas pessoas aparecerem demonstrando o quanto são cúmplices do ciúme e inveja. Quem fica tomando conta da vida das pessoas, deveria fazer um exame de consciência e observar que um dos piores defeitos do “ser humano” é querer ser “juiz”, como se tivesse perfeição para tal. Estes conceitos são passados de uma forma quase sempre pejorativa, com intuito de denegrir ou criar situações adversas.
A pessoa que gosta de “fofocar” deveria entender que antes de tudo ela é portadora de um “defeito” muito grave. Se não faz um exame de consciência, vai continuar gastando tempo com assuntos que criam uma situação constrangedora para ela mesma. É fácil saber que este tipo de gente não merece confiança. Fazer-se conhecida como “bisbilhoteira ou baixo astral é o resultado.
Às vezes, deixamos escapar algum comentário desnecessário, coisa normal para um ser que ainda não atingiu a perfeição. Na maioria das vezes acontece um arrependimento por termos julgado à revelia. Este contraste faz com que paremos um instante e pensemos a respeito do que vamos construir com as palavras. Será que vou ser útil a alguém fazendo este comentário? Será que estarei construindo uma sociedade ética, justa, “de ações para o bem”? Uma boa forma de observarmos melhor nosso comportamento, é analisando nossa postura diante aos fatos. Aqui vai uma dica para quem quer melhorar seu relacionamento: Jejum de julgamento por um dia.
“Não julgueis para que não sejais julgado” ( Sermão da Montanha) vem nos ensinar a sermos mais humildes e tolerantes. Ficar um dia sem julgar atitudes e escolhas alheias, transforma-se em um bom exercício de respeito às pessoas. Assim vamos acostumando a entender que o ser humano tem um mundo particular, de gostos próprios, exatamente porque as pessoas são diferentes. Esta é uma forma de melhorarmos nossa postura, respeitando a individualidade que Deus criou.
Tente ficar 24 horas em jejum de críticas e conceituações e verá que, aos poucos, este exercício transformará em modelo de ética e respeito ao próximo. A inveja que algumas pessoas escondem em sua estampa, com certeza ficam bem evidenciadas em conversas que não conduzem à evolução, e sim ao caminho escuro, iluminado pela lanterna dos afogados.
Até a próxima.