Dr Carlos Eduardo Guimarães

Carlos Eduardo Guimarães é Médico, com especialização em Acupuntura e Clínica Médica e pós-graduação (latu sensu) em Fitoterapia. Autor do livro "Nutrição Ayurvédica - Do Tradicional ao Contemporâneo". Colunista do jornal Acontece (Caeté-MG), desde 1997.

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Vamos tomar um cafezinho?

A história do café começou no século IX O café é oriundo das terras altas da Etiópia (Coffea, região da Etiópia) e difundiu-se para o mundo através do Egito e da Europa. O cafeeiro foi introduzido no ocidente pelos árabes. No inicio da colonização do Brasil, apareceram as primeiras mudas, que foram se multiplicando e que transformaram o Brasil no maior produtor mundial de café.
O cafeeiro é um arbusto ramificado desde a base até o ápice, e que atinge de 2 a 3 metros de altura. As flores são brancas e se dispõem em ramos. As folhas são opostas, simples e ovais, com bordos ondulados. Os frutos, revestidos por uma casca dura, possuem cor vermelha ou amarela, e contém duas sementes. A semente é denominada, grão de café. No grão verde encontramos: Óleo essencial, ceras, proteínas, cafeína, taninos e sais minerais. Este grão industrializado, passa pelo processo de torragem que aumenta o sabor e o perfume, ficando desta forma mais gostoso o seu consumo.
Atualmente as pesquisas mostraram que o café é o alimento mais consumido pelos brasileiros. O consumo de café diariamente tem o poder antioxidante, digestivo e estimulante. Existem estudos que indicam o café como agente contra as doenças cerebrais degenerativas, o diabetes tipo 2, e redutor de gorduras saturadas do sangue. O café tem também a fama de ser antidepressivo. Estudos sugerem existir uma ação da bebida no sistema nervoso central, liberando dopamina e modulando o estado de humor da pessoa. Essa característica seria provocada por uma substância descoberta que parece estar ligados aos maiores benefícios atribuídos à bebida: os ácidos clorogênicos.
Apesar da evidência dos efeitos benéficos na melhora da atenção e a vigília, todo cuidado é pouco com o consumo pois em exagero, ele pode causar diversas alterações como: Arritmias, estresse, insônia, cefaleia, nervosismo, hipertenso arterial, tremores e diarreia. Pessoas com história de patologias gástricas ou cardíacas devem ter cautela, assim como pessoas com osteoporose e gestantes.
Há estudos recentes, inclusive, que indicam que substâncias presentes no café podem prevenir demências tipo Alzheimer e, que o consumo moderado e regular ajuda na recuperação do alcoolismo e da depressão. A cafeína (isolada) aumenta a eliminação de cálcio e, em altas doses, pode levar a abortos. A ela são também atribuídas as principais ações terapêuticas da planta, pois essa substância estimula o sistema nervoso central e revela-se ligeiramente diurética. Um fato a ser considerado é que a cafeína demora aproximadamente seis horas para ser eliminada do organismo, portanto tomar café à noite poderá dificultar a conciliação do sono.
A recomendação dos nutricionistas para um aproveitamento dos benefícios do consumo é a ingestão de dois cafezinhos ao dia. Esta quantidade é benéfica à saúde, deixa o indivíduo alerta e com o metabolismo acelerado, o que abrevia a perda de peso.
Até a próxima.