Entendendo o emagrecimento

Emagrecimento adquirido através de tratamentos, tem muitos segredos e formas adequadas de se realizar. Muitas pessoas acreditam que para emagrecer, é só fechar a boca. Bem, na maioria das vezes isso funciona, mas em compensação poderá fazer o indivíduo ficar com fraqueza, anemia ou retornar à obesidade sem que perceba.
O resultado do emagrecimento é devido à uma combinação entre o gasto de energia e as calorias ingeridas. Se a pessoa adquire através da alimentação 1500 calorias e gasta 2000 calorias, o resultado é a perda de peso. Se a pessoa gasta muita energia sem muito esforço, dizemos que esta pessoa possui o metabolismo aumentado, e desta forma terá facilidade para emagrecer. Este metabolismo poderá ser acelerado ou diminuído dependendo da forma como o indivíduo se alimenta e como mantêm suas atividades diárias.
Muito se ouve falar em metabolismo, como: “eu engordo porque meu metabolismo é lento” ou “meu metabolismo não trabalha da forma que deveria”, então decidimos esclarecer um pouco sobre o tão comentado metabolismo e também sobre o efeito platô, estado em que o organismo se adapta a uma restrição energética e consequentemente, a pessoa pára de emagrecer.
Como definição, o metabolismo é o conjunto de reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula. O metabolismo pode estar em estado anabólico, que é a síntese, ou seja, formação de tecidos (gordura) ou pode estar em catabolismo, onde há degradação, ou “quebra” de compostos ou tecidos.
No emagrecimento, o organismo está em catabolismo. O organismo gasta uma quantidade de calorias simplesmente para manter suas funções vitais como: Os batimentos cardíacos, os movimentos respiratórios, o funcionamento intestinal, daí por diante. Para identificar quantas calorias são gastas em um dia é necessário incluir alguns fatores como peso, idade (com o avanço da idade o metabolismo diminui), sexo (os homens possuem mais massa muscular e por isso o metabolismo é mais acelerado) e nível de atividade física que influenciam o gasto energético do organismo.
Dessa maneira sabe-se que cada pessoa possui um gasto diferente e precisa de energia de forma diferente para se alcançar o objetivo necessário, seja ele emagrecimento, ganho de peso ou simplesmente para manutenção do peso atual. O músculo também influencia o gasto energético, já que esse tecido é metabolicamente ativo e, quanto mais massa muscular está presente no corpo, maior será o gasto calórico. Por isso os exercícios físicos que aumentam a massa muscular, atuam com agentes emagrecedores.
Mesmo depois de terminados os exercícios, a pessoa continua emagrecendo. Naturalmente, os homens possuem um gasto calórico maior do que as mulheres já que eles apresentam uma maior quantidade de massa muscular e menor quantidade de gordura corpórea comparado com as mulheres. Devido a isto, as mulheres têm maior tendência a obesidade que os homens. Assim, cada indivíduo possui o metabolismo de uma forma, mais lento ou mais acelerado.
Com o emagrecimento, há uma diminuição na ingestão energética e, com isso, após um tempo o organismo se acostuma a essa restrição, requerendo menos energia para suas funções vitais e o metabolismo diminui, se adaptando a tal restrição. Esse é o chamado Efeito Platô. Nestas situações, deve-se diminuir ainda mais as calorias consumidas e aumentar a atividade física para que o metabolismo faça com que haja um gasto calórico a mais e, assim, o corpo continua com a eliminação de peso.
Continua na próxima coluna.

Dr Carlos Eduardo Guimarães

Carlos Eduardo Guimarães é Médico, com especialização em Acupuntura e Clínica Médica e pós-graduação (latu sensu) em Fitoterapia. Autor do livro "Nutrição Ayurvédica - Do Tradicional ao Contemporâneo". Colunista do jornal Acontece (Caeté-MG), desde 1997.