Futebol é no País do Penta

Uma das coisas mais gostosas de se fazer, é sem dúvida uma partida de futebol. Depois desta valorização dos craques pentacampões, jogar futebol é sempre uma mistura de orgulho e idolatria.
Ser jogador de futebol representa hoje em dia, poder e prestígio. É… Cada garoto dos que gostam de “rolar a bola”, sonha um dia ser craque, para servir aos seus sonhos e principalmente ao seu time do “coração”. Quando no auge de uma peleja vêem a bola no fundo da rede, logo sai um grito eufórico, anunciando um goooollll… do Brasilllllll… Assim é a história da maioria dos brasileiros, no país do futebol .
Quando o tempo nos leva à maioridade, fica sempre a lembrança dos tempos da “pelada de rua” , no colégio ou no time do bairro. Quando temos um tempinho (geralmente isso ocorre no final de semana), calçamos a chuteira ou o tênis, vestimos a camisa do time preferido e vamos lá, jogar fora as mágoas, rancores e principalmente melhorar o condicionamento físico.
Exercício físico é bom pra Cuca e pro corpo, libera endorfina e melhora as condições circulatórias. Mas será que vale a pena fazer exercícios esporadicamente? Tentar fazer em um dia o exercício acumulado que deveria ter sido realizado em uma semana, pode levar a sérias conseqüências.
O organismo se adapta lentamente, sendo aconselhável aumentar a intensidade dos exercícios de uma forma gradual e regular. Após uma seqüência de exercícios o corpo vai se adaptando e o metabolismo se altera, criando mais resistência. Após o esforço vem o repouso, trazendo relaxamento e consequentemente melhor circulação sanguínea. Com a freqüência da prática do esporte, o metabolismo vai ficando mais rápido, atendendo mais prontamente aos reflexos, criando agilidade e com isso melhorando o sistema tônico-postural.
Para chegar a este ponto os especialistas recomendam a prática do esporte no mínimo três vezes por semana, em um período de 40 minutos de esforço (moderado). Pessoas com mais de 40 anos, com fatores de risco como: hipertensão arterial, angina de peito ou insuficiência cardíaca devem procurar um cardiologista para realizar esforços monitorados (com aparelhos que medem freqüência cardíaca etc.) no início, para poder avaliar a capacidade aeróbica (pO2) e as respostas circulatórias .
Quem não pertence a este grupo deve se conscientizar de que não vai obter nenhum tipo de benefício fazendo exercícios físicos esporadicamente, e sim a possibilidade de algum acidente ou na pior das hipóteses, se sentir uma cansado… com dor pra todo lado.
Está mais que evidenciado a necessidade da prática física como um fator redutor dos riscos de doenças. As doenças cardiovasculares e a obesidade ocupam o podium das moléstias advindas do sedentarismo. Um indivíduo que mantém regularmente o condicionamento físico através de exercícios diários, apresenta um rendimento orgânico 40% melhor que as pessoas que são sedentárias, sem contar com a disposição mental e sexual! Sexual, sim senhor!
O departamento “Research of Sexual Health” (Toronto. Canadá) demonstrou um trabalho semelhante ao relatório Kinsey, o perfil dos praticantes de sexo e observou que cada 9 entre 10 pessoas ativas sexualmente eram adeptas a alguma modalidade esportiva.
O contrário se deu naqueles indivíduos (mesma faixa etária) dependentes de Morfina ou Cocaína, que apresentaram os piores índices de rendimento sexual. Este tem sido um grande apelo às pessoas viciadas em algum tipo de droga, inclusive àqueles dependentes do álcool e do tabaco! Praticar esporte significa ser atual e estar acompanhando a evolução dos tempos. Por isso pense nesta proposta de saúde. Doenças quase nunca começam da noite pro dia. Elas aparecem sorrateiramente, as vezes silenciosas, mostrando que somos condutores de nossa saúde.
A constância e a perseverança são os pilares da saúde, pois não haverá saúde física sem disciplina e cuidados no dia a dia

Dr Carlos Eduardo Guimarães

Carlos Eduardo Guimarães é Médico, com especialização em Acupuntura e Clínica Médica e pós-graduação (latu sensu) em Fitoterapia. Autor do livro "Nutrição Ayurvédica - Do Tradicional ao Contemporâneo". Colunista do jornal Acontece (Caeté-MG), desde 1997.