Medicamentos Naturais na Doença de Parkinson

Descrita pela primeira vez por James Parkinson em 1917, a doença de Parkinson é caracterizada por uma desordem progressiva do movimento muscular devido à disfunção dos neurônios produtores de uma substância conhecida como dopamina.
A região cerebral mais acometida é a substância nigra, nos gânglios da base. Não somente os neurônios produtores de dopamina estão envolvidos, mas outras estruturas produtoras de serotonina, noradrenalina e acetilcolina estão envolvidos na gênese da doença. A Doença de Parkinson não tem causa definida, mas outras formas de parkinsonismo, como os casos genéticos ou secundários a outras doenças ou exposição a substâncias, e mesmo os chamados parkinsonismos atípicos podem existir, acometendo pessoas de todas as idades e sexos, mas com prevalência maior em pessoas acima de 60 anos de idade. Uma das possíveis causas da Doença de Parkinson, é a ingestão de compostos organofosforados e radioativos, presentes nos pesticidas, sendo passados aos humanos através das frutas e legumes tratados com agrotóxicos. A doença se pronuncia com a perda dos movimentos finos das mãos com dificuldade em escrever e tremores do membro superior ( geralmente só um braço ), além da alteração da coordenação da marcha e perda dos movimentos da mímica facial, temos também alteração da percepção. O paciente portador de Parkinson, não apresenta expressão facial e lembra um “boneco de cera”. Muitas pesquisas têm sido desenvolvidas para combater este processo degenerativo, aparecendo na medicina natural alguns fitoterápicos que se apresentam como promissores medicamentos. Atualmente temos uma planta vindo da Índia, chamada Mucuma Procubens que tem a capacidade de promover a restauração da produção dos neurotransmissores e portanto devolver ao cliente os movimentos harmoniosos. Outra planta que tem se mostrado eficaz é a erva mate. Sim, a nossa erva mate que usamos para fazer o chá e que é muito utilizado no sul do Brasil, como o chá do chimarrão. Esse efeito acaba de ser constatado por cientistas da Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina. Depois de testar o extrato da planta em ratos induzidos à doença, eles observaram que algumas de suas substâncias mostraram-se capazes de protegê-los. Em outra investigação os animais receberam o fitoterápico com a medicação tradicional e os resultados foram ainda mais significativos. Parte das cobaias chegou a recuperar completamente os movimentos. O estudo ainda é preliminar, mas já provou que a erva-mate pode ser utilizada na prevenção desse mal degenerativo e também como coadjuvante no tratamento. Outros métodos naturais utilizados no tratamento e prevenção da doença de Parkinson são a acupuntura, a homeopatia e a antroposofia, que juntamente com as ervas medicinais constituem terapêuticas de eficaz ação. Uma questão que gostaríamos de chamar a atenção é para os inseticidas, muitos deles liberados pela Anvisa, que são os agrotóxicos. Utilizados para proteger as lavouras das pragas, a utilização sem precedentes impregna os alimentos de metais pesados e estes, cuja ação é paralisar o sistema nervoso dos insetos, matando-os, também lesam o sistema nervoso de quem consome. Fica aqui um conselho para todos: Os alimentos que contém níveis exageros de agrotóxicos, são venenos que degeneram as células nervosas e ao invés de nutrir, contribuem para a formação de doenças degenerativas cerebrais. Portanto uma vida saudável passa por uma criteriosa forma de avaliar a alimentação.
Até a próxima

Dr Carlos Eduardo Guimarães

Carlos Eduardo Guimarães é Médico, com especialização em Acupuntura e Clínica Médica e pós-graduação (latu sensu) em Fitoterapia. Autor do livro "Nutrição Ayurvédica - Do Tradicional ao Contemporâneo". Colunista do jornal Acontece (Caeté-MG), desde 1997.