Uma das maiores preocupações que afligem os homens são os distúrbios da esfera sexual. O homem lida muito mal com problemas dessa natureza. É a questão do machismo arraigado e acompanhado da perda da auto-estima. As estatísticas mostram que 40% dos homens sofrem ou sofrerão algum dia da ejaculação precoce.
Este distúrbio é causa de depressão, irritabilidade e até mesmo de suicídio. O pior de tudo é que é um caminho curto que poderá levar o indivíduo à impotência psicológica.
Atenta, a indústria farmacêutica acena com mais uma pílula mágica: a dapoxetina, que está em fase final de avaliação pela FDA (agência que regula drogas e fármacos nos EUA). Se aprovada, essa nova droga, que é um antidepressivo de efeito de curto prazo (pode ser usado três horas antes da relação) poderá se transformar num dos medicamentos mais vendidos no mundo, já que ainda não existe nenhum medicamento exclusivo para a ejaculação precoce.
O que é ejaculação precoce?
É quando o homem chega ao ápice da relação antes, durante ou logo após a penetração. A relação é interrompida logo após a penetração, causando uma frustração muito grande no casal. É uma situação incontrolável. Esse descontrole deve ser persistente, repetitivo e causar sofrimento acentuado ou dificuldade interpessoal. Os estudos mostram que o tempo de permanência do pênis dentro na vagina ou ânus, desde a entrada até a liberação do sêmen tem um tempo médio de 4 minutos, depois de avaliar durante um mês a vida sexual de 500 casais de cinco países.
Outros pesquisadores afirmam que ejacular antes de um minuto após a penetração é o que caracteriza uma ejaculação precoce. As causas fisiológicas são extremamente raras e controversas, principalmente quando se fala em hipersensibilidade da glande ou alto reflexo ejaculatório. Portanto os fatores emocionais e de condicionamento é que são realmente considerados.
Uma preocupação intensa ou mesmo o sentimento de não estar sendo desejado são fatores que mais aparecem nas estatísticas dos sexologistas. A iniciação sexual também é alvo de discussão. No passado, muitos homens têm suas primeiras relações com prostitutas (que muitas vezes aceleram o ritmo da relação para acabar logo) ou em situações de estresse (dentro de um carro, na casa dos pais da namorada).
Antigamente, gozar rápido era sinal de virilidade. De meio século para cá, a partir do momento em que a mulher passou a ter seu papel na relação, esse conceito começou a mudar. Os homens passaram a ter de acompanhar o ritmo da parceira e se tornaram mais frágeis, vulneráveis.
Existe cura para essa disfunção
Há dois tipos de ejaculador precoce: o primário, que apresenta a disfunção desde o início da vida sexual, e o secundário, aquele que adquiriu o problema depois de ter tido relações satisfatórias por alguns anos. O tratamento medicamentoso nos casos secundários geralmente é mais eficiente que nos primários. Mas a combinação entre as duas terapias costuma ter mais sucesso. Uma cuidadosa avaliação urológica se torna imprescindível. Prostatites ou distúrbios metabólicos podem também ser imputados como a origem do distúrbio. Nestes casos a compensação e a cura destes distúrbios se tornam eficazes.
Devido à grande quantidade dos indivíduos acometidos por desequilíbrios emocionais, os casos são tratados com psicoterapia ou com antidepressivos ou com uma combinação das duas. A parceira ou parceiro poderão colaborar com o tratamento. A intimidade só ajuda nessas horas. Uma companheira ou companheiro compreensivo e disposto a ajudar é fundamental no sucesso do tratamento. Se o ato sexual for encarado mais como uma troca de afeto e menos como uma corrida pelo orgasmo, as chances de melhorar o prazer aumentam. Mulheres competitivas e dominadoras, no entanto, tendem a agravar a situação. O importante é saber que os fantasmas existem, mas somos nós mesmos que os criamos.
Até a próxima.