Daniele Vilela Cardoso Leite*
Comer carne em nossa cultura sempre foi um hábito natural, costume até pouco tempo inquestionável. No entanto, no mundo moderno em que a globalização, a tecnologia avançada e a pouca distância entre os vários costumes de inúmeros povos tornou-se algo comum, há questionamentos permanentes sobre qualquer assunto.
Um exemplo é a reflexão acerca da alimentação carnívora e do preço pago pelos animais para que o homem possa comer carne. Segmentos múltiplos tais como simpatizantes e seguidores das culturas orientais, nutricionistas e variados estudiosos da área da saúde, pessoas espiritualizadas e sensíveis, entre tantas filosofias e linhas pensantes questionam as vantagens e desvantagens de comer carne.
Muitos são os artistas, pessoas influentes e formadores de opiniões que defendem a alimentação sem o uso da carne, e os argumentos são inúmeros. Desde científicos – o perigo da ingestão de animais doentes, a dificuldade da digestão da carne, a tão polêmica e questionada necessidade nutricional, entre outros; ambientais – desmatamento para plantar a soja que alimenta o gado, questão da poluição do planeta pelas flatulências bovinas, compactação, erosão e consequente perda do solo para a criação bovina. Existe aproximadamente uma cabeça de boi para cada brasileiro em nosso país, entre tantos outros. Esses são os impactos diretos, fora os indiretos tais como perda da biodiversidade, assoreamento de nascentes e cursos d’água, entre outros.
Além das citadas reflexões em termos científicos e ambientais, também existem as espirituais, energéticas e filosóficas. Recebi por parte dos estudiosos do Calendário Maia um informativo repleto de questionamentos acerca desse assunto, e compartilho com você, leitor, um raciocínio sobre uma visão energética de quem usa a alimentação carnívora.
“Os animais – onda de vida que vem logo depois da nossa, portanto, literalmente nossos irmãos menores – possuem um duplo-etérico e um corpo astral. As energias circulantes nesses corpos têm uma vibração densa, letárgica e agressiva se comparadas ao campo energético humano. Quando o animal é sacrificado, os resíduos energéticos astroetéricos –obviamente não destruídos pelo cozimento– permanecem aderidos à sua carne, sendo absorvidos então nos corpos etérico e astral do comedor de carne. Esses verdadeiros “emplastos” de energias animais, que se colam na rede energética dos corpos sutis do carnívoro, iniciam um processo de “rebaixamento de vibrações” e de “contaminação psíquica”. É uma espécie de “desaceleração” energética.
A energia animal “intrusa”, que não vibra no mesmo teor da humana, causa uma espécie de “curto-circuito” ou desaceleração da rede eletromagnética do organismo, nos níveis denso, etérico e astral. Perturba-se o fluir da energia cósmica de freqüência mais elevada, que constitui o ser humano. Está preparado o cenário para o que chamamos de “doença”. Enfim, são amplas as reflexões acerca desse tipo de alimentação e suas implicações. Para defender o uso da carne ou não como alimento para os humanos é importante dar abertura às reflexões dos estudiosos e interessados no assunto, para que a decisão de optar por um estilo de alimentação não seja determinado por costumes arraigados, e sim fruto de uma análise e reflexão conscientes.
Informações retiradas do informativo “Paz e Amor, bicho!” Campanha Nacional em Favor dos Animais.
*Daniele Vilela Cardoso Leite é Psicóloga, professora de Yôga e colunista do jornal Acontece (Caeté-MG) de 1999 a 2017, quando foi encerrada a circulação da edição impressa.