Daniele Vilela Cardoso Leite*
Os florais de Bach objetivam alcançar o equilíbrio emocional e, consequentemente, o físico. Para entender este processo rumo à saúde, é primordial a consciência de que saúde e doença estão intimamente relacionados à união corpo/mente. Mistura tão íntima que não permite a dissociação entre a saúde e a harmonia entre essas duas partes.
A base da teoria de Bach é de que a doença é a conseqüência do desequilíbrio emocional. O corpo é reflexo da alma. E a doença é um desses espelhos. O Dr. Bach foi um médico inglês que, desiludido com a medicina ortodoxa, resolveu tratar o paciente e não a doença. Para tanto, ele utilizou da força, poder e energia da natureza para trazer a saúde aos indivíduos. Os remédios de Bach retiram as energias puras do mundo natural e as condensam em remédios que causarão impactos no indivíduo. “Ao usar a energia potencializadora de uma determinada flor, cujas propriedades estão exatamente sintonizadas com um estado de ânimo em particular, temos uma concentração do poder de cura que propiciará uma mudança dentro de nós”.
Há uma classificação dos desequilíbrios emocionais que estão agrupados da seguinte forma: os que sentem medo, os que sofrem de indecisão, falta de interesse pelas circunstâncias atuais, solidão, os que têm sensibilidade excessiva a influências e opiniões, para o desalento ou desespero, para os que têm excessiva preocupação com o bem estar dos outros.
Os remédios receberam os nomes das flores e a energia que está dentro da flor é extraída e transferida ao indivíduo. São ao todo 38 remédios. Há os que se relacionam com um tipo característico de personalidade e os que lidam com estados de ânimo e transitórios da psiquê.
São várias as correntes que acham impossível dissociar a relação entre o estado psicológico e o mal-estar físico, pois vêem o corpo como invólucro da alma, que vibra em forma de energia.
Acupuntura, doin, shiatsu, yôga, cinesiologia, entre tantas outras, têm como finalidade equilibrar as energias dos corpos sutis dos homens proporcionando a eles a saúde. Os florais são uma dessas possibilidades. Logicamente, cada qual com a sua maneira específica e peculiar, procuram o mesmo fim, possuem o mesmo objetivo, mas chegam a ele por caminhos diferentes.
Procuram o equilíbrio energético do homem, pois têm como base que a doença nada mais é do que a expressão do desequilíbrio interno, sendo o sintoma físico uma forma de comunicação, de aviso para a pessoa de que há algo errado com suas emoções, que são determinantes do equilíbrio, da energia pessoal. Se o corpo está se comunicando, a mente tem que saber entender essa mensagem. Tem que escutar e tomar providências.
Existe uma linha de pensamento que quebra os paradigmas da nossa cultura e defende o papel da doença, “colocando-a como benéfica desde que aponte para a necessidade de autoconhecimento e para a resolução do conflito interior”.
Esta é uma visão também do Dr. Bach, que teve, segundo o livro “Os Remédios Florais do Dr Bach”, os efeitos dos seus remédios reconhecidos em 1976 pela Organização Mundial de Saúde, obtendo sucesso comprovado e ajudando tantos indivíduos a superarem os empecilhos do que deve ser a saudável a integração corpo/mente.
*Daniele Vilela Cardoso Leite é Psicóloga, professora de Yôga e colunista do jornal Acontece (Caeté-MG) de 1999 a 2017, quando foi encerrada a circulação da edição impressa.