Daniele Vilela Cardoso Leite*
Em meio à violência presenciada por todos nos dias atuais, compartilho com você, leitor, palestra realizada pela Psicóloga Edina de Paula Bonsucesso sobre o limite na educação dos filhos. Apresento algumas considerações escritas em seu livro “Afeto e Limite”. “Limitar é ensinar a tolerar frustrações. É prevenir para que no futuro, uma dificuldade qualquer não se transforme em uma barreira intransponível. Se você satisfaz a todas as vontades de seu filho, ele esperará que, pela vida afora, as demais pessoas ajam de forma idêntica .”E a vida não é bem assim… “Dizer “sim” quando possível e “não” quando necessário – eis a melhor forma de ser amigo dos filhos. Os pais que não estabeleceram limites na infância e desejam fazê-lo na adolescência, o melhor é começar tendo uma boa conversa com os filhos. É importante explanar as modificações e revisões que planejaram introduzir na vida familiar. A partir desta atitude tudo fica mais fácil… Mas por que os pais não colocam limites nos filhos? Muitos casais por terem uma visão romântica da maternidade/paternidade, canalizam toda a sua energia para os filhos, deixando totalmente de ter vida própria. Há também os que têm dificuldade de se separar do filho. A criança está crescendo mas continuam fazendo tudo para o filho, impedindo a liberdade e independência . Não conseguem fazer o corte simbólico do cordão umbilical. Há pais que têm marcas amargas em sua história de vida , e querem que com seus filhos seja diferente. E por isso caem no extremo de darem tudo à criança, e nunca repreendê-la. Há também os pais que querem ser confidentes/amigos dos filhos e se esquecem que seu papel é outro. Há ainda as mães que trabalham fora e pais que perderam a guarda do filho e que para compensar acabam não colocando o limite. Agora aí vão algumas dicas de como colocar o limite em seus filhos:
– fazendo com que tenham direitos e deveres; – estabelecendo, à medida que crescem, mais e novas tarefas que lhes mostrem que a família os considera capazes de assumir responsabilidades; – fixando limites sempre que necessário, mas apenas então; – ouvindo suas opiniões e consultando-os sobre algum problema que esteja ocorrendo na família; – chamando-os a colaborar toda vez que a família se envolver em causas sociais.
Outro lembrete importante é os pais cumprirem o que prometeram, serem carinhosos e expressarem seu afeto.” Eis pontos fundamentais na formação de nossa crianças!
*Daniele Vilela Cardoso Leite é Psicóloga, professora de Yôga e colunista do jornal Acontece (Caeté-MG) de 1999 a 2017, quando foi encerrada a circulação da edição impressa.