Daniele Vilela Cardoso Leite*
Na organização temporal o momento é ideal para criação de metas e projetos. O início do ano abre um ciclo energético que impulsiona as oportunidades. Embora estejamos vivenciando no País um momento de crise financeira e ética (muitos reclamam dos jornais e da situação caótica, mas não percebem que estão sendo estabelecidos limites aos políticos e isso será um divisor de águas na Administração Pública), o importante é não perder o pé no chão, mas não deixar que o clima de fracasso tome conta, impedindo os sonhos.
O mundo vivencia um momento de grandes turbulências, e a evolução traz conquistas e também desafios e conflitos. É necessário que em meio a tudo isso não se perca a noção de centramento, ou seja, do mundo interno repleto de potencialidades que todo ser humano possui. Com o novo modelo social vigente, em que as redes sociais, os meios de comunicação e a tecnologia reinam, o movimento de voltar para dentro de si mesmo deve ser lembrado e vivenciado, e não preterido por esses outros canais. Pois é da análise do mundo interno, aptidões , interesses e personalidade, associados à visão do mundo externo, do mercado e das oportunidades, que serão criadas as verdadeiras e bem sucedidas metas.
O que os indivíduos confundem, principalmente os adolescentes, mas também muitos adultos, são metas com expectativas. São totalmente diferentes e na prática comum de serem confundidas. Metas são projetos, desejos, objetivos escolhidos criteriosamente de acordo com o conhecimento e interação do mundo interno com o externo. Metas em vários âmbitos. Pessoal, profissional, etc. Expectativas são planos realizados em função das metas. No entanto a vida é da ordem do imprevisível e criar expectativas geralmente gera frustração, pois não há controle dos resultados. Por exemplo alguém cria a meta de fazer uma grande festa de aniversário nesse ano. Inicia a organização financeira e geral da festa (aluguel do local, contratação de mão de obra, etc). Mas sonhar com quem estará presente e o que acontecerá é criar uma expectativa e determinar o que não é determinável.
O saudável é criar metas adequadas e buscar a concretização das mesmas, sem determinar os resultados, sem criar expectativas, sem achar que se tem o controle dos resultados. Soltar os resultados. A vida é da ordem do surpreendente. Querer controlar tira a graça. As vezes surgem surpresas incríveis, mas o medo do novo e a tendência ao controle e à segurança impedem a fluência e tiram as oportunidades. Portanto, aproveitemos o momento! Olhemos para fora e para dentro! Percebamos e direcionemos nossa vida com metas inteligentes! Soltemos o resultado e confiemos nas Forças Maiores!!! Surpresas certamente virão!!!!!!
*Daniele Vilela Cardoso Leite é Psicóloga, professora de Yôga e colunista do jornal Acontece (Caeté-MG) de 1999 a 2017, quando foi encerrada a circulação da edição impressa.