Daniele Vilela Cardoso Leite*
Segundo pesquisas científicas, até 10% das crianças e adolescentes da população mundial sofrem de algum transtorno ansioso. Para caracterizar um transtorno é necessário que os sintomas sejam muito expressivos, exagerados, desproporcionais ao esperado. O diagnóstico é realizado através do preenchimento dos critérios citados no CID 10, “Código Internacional de Doenças”, através do Médico, preferencialmente inserido em Equipe Multiprofissional.
O maior fator de causa para um transtorno de ansiedade com início na infância são os pais com algum transtorno de ansiedade ou depressão. Há tanto a influência genética quanto do meio ambiente. Estudos atuais indicam a importância dos fatores fisiológicos no desenvolvimento de tais patologias. A Neurociência está em ascensão com grandes investimentos de estudos na área. Reações ansiosas exageradas, ao que indicam as pesquisas, ocorrem em pessoas com predisposição herdada. Provavelmente herança neurofisiológica, psicológica e energética.
A condição humana é complexa e fruto da inter-relação entre os vários fatores. Para realização de diagnóstico e tratamento completos, eficazes, eficientes, é preciso considerar todas as esferas. A Universidade Federal de São Paulo possui Centros de Estudos e Pesquisas de Terapias Energéticas. Tais tratamentos hoje são reconhecidos e valorizados pelo meio científico assim como pelas mais variadas culturas. Não apenas a Oriental, como ocorria no passado.
Cada um desses fatores citados compõe ciências cada vez mais avançadas e evoluídas. Buscar o tratamento envolvendo todos os âmbitos traz resultado que eficaz. É preciso cuidar do todo para zelar realmente pela saúde. Cada especialista em sua área, somando um eficiente resultado. Se não tratados, os sintomas podem apresentar um curso crônico embora flutuante ou episódico ao longo da vida. Ansiedade infantil pode estar relacionada a transtornos na vida adulta.
A Psiquiatria cita uma série de patologias dessa ordem que podem afetar a infância. Transtorno de ansiedade de separação, fobias específicas, transtorno de estresse pós traumático, transtorno de pânico, transtorno de ansiedade generalizada entre outros. O tratamento que abrange a neurofisiologia deve ser realizado com o Médico. O que envolve o corpo de energia deve ser realizado através de terapias tais como Acupuntura, Yoga, Reiki, Do-in, Shiatsu entre outras. A Medicina Antroposófica, a Fitoterápica, a Homeopática, trabalham associadas as questões fisiológicas e energéticas. O tratamento que envolve a esfera comportamental e psicológica deve ser realizado por Psicólogo, e estudos apontam que a linha de trabalho mais indicada deve ser baseado na “Terapia Cognitiva Comportamental”. Obviamente que a intervenção familiar é essencial e indispensável.
Diante de tais intervenções a recuperação e o controle das patologias torna-se fato. A criança é vulnerável, depende do cuidado e olhar do adulto. Com a consciência de tais patologias e tratamentos adequados há como ajudar e apoiar criança e família. No entanto, sem uma atenção específica, as crianças ficam a mercê da vida, muitas vezes em sofrimento. É preciso existir o olhar, associado a providências e atitudes diante das demandas surgidas. A criança precisa de cuidados, a família também. E a evolução das ciências tem tornado cada vez mais acessíveis os tratamentos necessários…
*Daniele Vilela Cardoso Leite é Psicóloga, professora de Yôga e colunista do jornal Acontece (Caeté-MG) de 1999 a 2017, quando foi encerrada a circulação da edição impressa.